Os arranha-céus que já alcançaram a marca de 290 metros de altura são uma marca registrada da cidade de Balneário Camboriú, situada no litoral norte de Santa Catarina.   

Segundo o site especializado The Skyscraper Center, dos dez prédios mais altos do Brasil, seis ficam na cidade.  Por isso, o balneário recebeu o título de “Dubai brasileira”, uma referência à cidade dos Emirados Árabes.  

Entre eles, o One Tower, da FG Empreendimentos, que recebeu o certificado de edifício residencial mais alto da América Latina do CTBUH – Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano, organização sem fins lucrativos que pesquisa o crescimento vertical no mundo. 

Com 290 metros de altura, a torre foi entregue em dezembro aos futuros moradores que vão desfrutar de um projeto diferenciado com mais de 52 mil metros quadrados de área construída.    

Para a mobilidade pelos 70 andares de moradia, incluindo quatro somente para áreas de lazer, a TK Elevator instalou cinco elevadores com tecnologias especialmente direcionadas para arranha-céus e que estão presentes nos edifícios mais altos do mundo, como o One World Trade Center, em Nova York (EUA) e no Shangai World Financial Center, em Shangai (China). 

Um desafio de engenharia que você pode conferir neste post.  

Até o topo em menos de um minuto 

Do alto de uma sacada do One Tower se tem uma das mais belas paisagens de Balneário Camboriú. Mas, para chegar até lá, o elevador é o transporte mais seguro e rápido. O percurso pode ser feito em equipamentos com velocidade de até 5 metros por segundo, que atingem o topo em menos de um minuto.  

Mas, os desafios de engenharia vão além desse aspecto com a utilização de tecnologias inovadoras e específicas para arranha-céus. Estamos falando das corrediças ativas (Active Roller Guide), solução exclusiva desenvolvida pela engenharia da TKE para reduzir as oscilações dentro da cabina e proporcionar maior conforto aos passageiros.  

Em prédios altos essa questão é do ponto de vista técnico ainda mais importante, pois algumas circunstâncias podem causar vibrações na cabina do elevador, como a turbulência do ar e o balanço do edifício devido às rajadas de vento.  

O vento, aliás, exigiu a instalação de um dispositivo que mede a sua velocidade, por meio de um anemômetro – um instrumento meteorológico, para o funcionamento seguro do equipamento. Em situações severas de vento, o sistema reduz a velocidade ou até desliga o elevador para garantir a seguranças das pessoas. 

Nas alturas   

A montagem de um elevador para prédios altos exige um planejamento diferenciado das equipes técnicas de engenharia, logística e instalação. Desafios que fogem do convencional, mas que já fazem parte do dia a dia dos profissionais da TKE, responsável pela instalação dos elevadores de outros dois arranha-céus de Balneário Camboriú: Epic Tower e Infinity Coast, empreendimentos de 55 e 66 andares respectivamente.   

Devido ao peso dos equipamentos – a máquina de tração de cada elevador pesa 1.600 quilos – o içamento foi realizado por gruas, uma de cada vez. Para içar a estrutura da cabina foi utilizado um guincho com capacidade para 1.700 quilos.    

As guias, que funcionam como trilhos para a movimentação perfeita do elevador, foram instaladas a partir de um método chamado de False Car, utilizado para obras acima de 45 andares. Com este método, as 22 toneladas de guias (por elevador), são empilhadas e já fixadas à estrutura do prédio, aumentando a segurança.  

Com as guias já instaladas, os técnicos podem fazer a passagem dos cabos de tração, que sustentam o peso da cabina, uma manobra que exige atenção e assertividade. Um cabo por vez é fixado na estrutura com a ajuda de ferramentas para suportar o peso dos cabos. Para a obra do One Tower foram necessários 4 quilômetros de cabos de aço para tracionar a cabina, totalizando 3 toneladas de cabos de tração por elevador.  

A instalação completa dos elevadores foi concluída em 15 meses, totalizando 450 dias de trabalho na obra. Um esforço das nossas equipes para proporcionar aos futuros moradores uma mobilidade segura e confortável no prédio residencial mais alto da América Latina

  

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