No skyline da cidade de Guaíba, no Rio Grande do Sul, a torre de 45 metros se destaca e é uma referência para quem trabalha ou mora na região. Por ela, as pessoas se orientam, mas poucos imaginam para que serve a construção e muito menos a sua importância.

Na verdade, trata-se da torre de testes de elevadores da TKE, imprescindível para a indústria do setor realizar estudos, análises e muitas medições antes de lançar um novo elevador no mercado.

Construída na década de 1980, a torre comporta seis poços de elevadores para testes, dois deles na parte externa, sendo que um deles é do tipo panorâmico e possui o maior percurso, do térreo ao 14º andar. Em três décadas, a torre acompanhou a evolução tecnológica do elevador, desde os comandos à relé até os microprocessados e hoje testemunha outra mudança, a digitalização dos processos, onde a relação entre o usuário e o elevador mudou bastante para atender às novas necessidades da sociedade. Entre elas, as soluções digitais que lançamos este ano como o AGILE Mirror, AGILE Painel de Operação e AGILE Mobile.

Sobe e desce 

Antes de um novo produto ser liberado para uso precisa passar por várias etapas dentro do processo de desenvolvimento até ser aprovado para produção e comercialização. Assim também acontece com o elevador, equipamento que responde pelo transporte diário de bilhões de pessoas no mundo.

O desenvolvimento de um novo elevador percorre várias etapas que exigem a realização de testes importantes.  Conforme a fase do projeto de desenvolvimento, os equipamentos são colocados à prova sob o olhar criterioso de uma equipe de engenheiros experientes e qualificados.

Os “guardiões da torre” realizam testes para simular inclusive falhas no equipamento e auxiliam as equipes a encontrar soluções.  O lado bom é acompanhar o processo desde o nascimento do novo produto, uma gestação que pode levar meses até o novo equipamento ser liberado para a fabricação e chegar aos edifícios para garantir a mobilidade nas cidades.  

Testar, testar e testar é o mantra dos profissionais que do alto da torre trabalham para seguir um script rigoroso que envolve fases específicas do projeto. Ou seja, a partir do conceito inicial proposto pelo centro de desenvolvimento de produtos é necessário trabalhar no protótipo inicial que passará por uma avaliação criteriosa até o teste na torre, que simula as condições reais que serão aplicadas na prática. Por exemplo, velocidade e capacidade de transporte do elevador, entre muitos outros requisitos.

Se passar por todas as etapas de testes de protótipo, o produto é liberado para numa nova fase, que avalia seu desempenho após o processo produtivo estar pronto. Após essa etapa, o elevador é instalado e testado novamente e é liberado para a fase piloto. Entre uma etapa e outra, o produto passa por atividades de certificação com organismos externos, especialistas neste tipo de atividade, para obter as certificações exigidas por norma.A certificação do produto de acordo com a Norma Brasileira de fabricação é importante para atender aos requisitos de segurança e desempenho. Recentemente, novas normas foram publicadas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 16858-1 e ABNT NBR 16858-2. Em alinhamento com as normas europeias, elas representam um passo importante em termos de melhorias para os elevadores fabricados no Brasil, exigindo a adequação dos produtos aos novos parâmetros definidos.

Projetos mundiais

Assim como a evolução tecnológica do elevador deu um salto significativo em termos de desempenho, segurança e conforto aos passageiros, as torres de testes também evoluíram, principalmente, para atender aos novos projetos.

Uma referência mundial é a torre de testes localizada em Rottweil, Alemanha, com 246 metros de altura, construída para os testes do MULTI, o elevador sem cabos que se movimenta na vertical e na horizontal.

A plataforma de observação de vidro da torre é aberta à visitação e atrai turistas de todo o mundo, ao proporcionar uma visão panorâmica de 360 graus da região, como a Floresta Negra e as montanhas dos Alpes Suábios. 

Outras torres pelo mundo também impressionam pela altura, como as da China dos Estados Unidos e continuam despertando a curiosidade da população pela beleza das construções e a inovação dos elevadores que no futuro vão desenhar o cenário urbano.

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