40 jovens de Santos, São Vicente, Cubatão e Praia Grande, cidades da Baixada Santista, iniciaram a jornada das Oficinas Querô deste ano e a oportunidade de mudarem suas vidas. O mar, tão presente na vida de cada um deles, assim como outras paisagens locais, será uma verdadeira inspiração, afinal treinar o olhar e explorar a criatividade é parte da rotina das aulas de audiovisuais que eles frequentam no Instituto Querô.
Consolidado e respeitado pela comunidade em virtude dos resultados expressivos, o projeto é um dos pilares da instituição que nasceu há 17 anos com a missão de colaborar para a redução da desigualdade social por meio do acesso à arte e à cultura.
Dessa forma, a proposta diária do Instituto Querô é estimular a transformação humana e cidadã de jovens com idade entre 14 e 18 anos, de baixa renda, e moradores de comunidades por meio da capacitação e produção audiovisual.
Estamos falando de um objetivo que também é compartilhado pela TK Elevator. Por isso, a empresa patrocina, desde 2014, as Oficinas Querô e cumpre, ao mesmo tempo, dois importantes papéis: incentiva o potencial dos jovens e prestigia uma entidade que é referência na área pelo trabalho social que desenvolve.
Porta de entrada para o mercado de trabalho
Não é para menos a escolha feita pela TKE para apoiar as Oficinas Querô. Só neste ano, o projeto atraiu 330 inscritos, número maior do que o do ano passado, que bateu 244, e ainda mais relevante se for considerada a retomada à vida “normal”, após a pandemia.
Os 40 selecionados têm aulas com profissionais do mercado audiovisual que abordam assuntos como desenvolvimento de roteiro cinematográfico, operação de câmera de vídeo e, por fim, a realização de produções audiovisuais.
No primeiro ano, os jovens produzem juntos três documentários. Já no segundo ano de oficina há a produção de um curta de ficção pelo grupo. Isso porque, existe a possibilidade de extensão de mais um ano para os 20 que mais se destacam e desejam seguir carreira no audiovisual.
Além de toda essa bagagem, os alunos visitam eventos e espaços culturais e ainda integram atividades com foco na transformação humana e cidadã. Isso tudo para que tenham a oportunidade de desenvolver uma visão crítica e, assim, possam absorver conhecimentos que vão além da realização de uma obra audiovisual.
A cereja do bolo? Ao fim dos dois anos de curso, todos passam a fazer parte de um Banco de Talentos do Programa Conexões Querô, que busca oportunidades de trabalho com empresas parceiras e bolsas profissionalizantes em plataformas de cursos audiovisuais.
Transformação social
Por meio das Oficinas Querô, o audiovisual é a ferramenta para transmitir valores aos jovens, desenvolver o empreendedorismo, promover a ação voluntária e dar acesso ao mundo do trabalho.
Os resultados concretos – e positivos – obtidos ficam ainda mais perceptíveis quando a gente conhece um pouco da história de vida de quem já passou pelo curso ou ainda está em formação.
Diogo Ribeiro, que está no segundo ano das Oficinas Querô, mostra o quanto foi surpreendido pelo projeto. “Quando me inscrevi, tinha consciência de que aprenderia sobre audiovisual, mas foi muito além”, comenta, referindo-se a atividades como a aula de humanismo e os debates sobre questões importantes como racismo e a comunidade LGBTQIAP+, por exemplo.
Já Maria Eduarda Santos, capacitada nas Oficinas Querô 2018 e 2019, está um passo adiante, pois é hoje uma profissional do mercado. Sim, ela foi contratada como Controller Júnior em uma produtora de São Paulo, tornando-se mais um exemplo concreto da efetividade do trabalho feito pelo Instituto. “Sou muito grata pela oportunidade de ter estado nesse lugar que me deu todo o apoio e ainda me inseriu no mundo do trabalho”, diz.
Querô: sonho de mudança
Entrar nas atividades do Instituto Querô, como as Oficinas, é um sonho na vida de muitos jovens.
Afinal, em meio à caminhada a instituição se tornou uma referência de escola sociocultural de audiovisual, documentada até mesmo pela BBC, a mais destacada corporação pública de rádio e televisão do Reino Unido, além de ser reconhecida pelo UNICEF.
Mas os números computados em sua trajetória contam melhor ainda a história que começou em 2006: são 418 produções audiovisuais realizadas, 106 prêmios conquistados (sendo 10 institucionais), 597 indicações em mostras/festivais e cerca de 250 mil seguidores nas redes sociais.
Quando a gente trata especificamente dos dados das Oficinas, as surpresas continuam. Em 17 anos de projeto foram capacitados 559 jovens, responsáveis por 117 produções audiovisuais e por conquistarem 427 indicações em mostras/festivais, além de ganharem 45 prêmios em festivais.
Tais conquistas se dão também em virtude dos profissionais do Querô, do jeito como concebem todo o projeto, culminando com a inscrição de todos os curtas feitos ao final das Oficinas nos principais festivais de cinema do país. Para que tenham uma trajetória de ainda mais visibilidade, são também publicados no YouTube da Instituição.
“Costumamos dizer que o audiovisual é a arte do coletivo, estendendo-se para além dos sets de filmagens”, conta Tammy Weiss, Coordenadora Institucional do Instituto. Daí a explicação para as produções não só ganharem vida como ferramenta de exposição dos jovens talentos como, também, ganharem o apoio de empresas que, de fora, estão atentas e querem contribuir para que tudo isso se torne real. “É fortalecedor saber que o Instituto Querô pode contar com parceiros como a TKE, empresas que acreditam no trabalho lá realizado e, sobretudo, no talento da juventude do nosso país”, conclui.
Em todo o Brasil, iniciativas sociais como a do Instituto Querô contam com o apoio da TKE, que leva sua contribuição por meio das leis do Esporte, Funcriança, do Idoso, Pronon, Pronas e Rouanet.