Junho é o mês do Dia Internacional do Orgulho LGBTI+, celebrado hoje, dia 28, no mundo. As diferentes iniciativas orquestradas pela sociedade, por meio de empresas, poder público, organizações sociais, imprensa, entre outros, tem como objetivo manifestar respeito e apoio à comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais).
A data remete à revolta de Stonewall, um bar em Nova York, nos Estados Unidos, onde houve uma batida policial, em 1969, provocando uma manifestação em apoio à comunidade LGBTI+ e marcando o início do movimento em prol dos direitos dessas pessoas.
Mais de 50 anos depois, no Brasil, a comunidade LGBTI+ é de cerca de 18 milhões de pessoas, conforme dados da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
Ambiente corporativo inclusivo
Uma fatia da população que luta por seus direitos, por uma sociedade inclusiva e que vem promovendo mudanças importantes no mercado de trabalho. Entre as quais, levando as empresas a desenvolverem ações que proporcionem respeito, inclusão, sustentabilidade e a diversidade entre seus colaboradores.
Ao promover um ambiente corporativo inclusivo e diverso, as empresas têm obtido resultados positivos em diferentes campos, como melhor desempenho em produtividade e inovação. Isso porque, as pessoas levam também para suas atividades profissionais suas ideias, pontos de vista e experiências.
Ou seja, as empresas crescem e se tornam mais competitivas quando respeitam e investem na diversidade. Diante disso, cada vez mais, há a incorporação de políticas de diversidade e inclusão como um dos valores organizacionais.
Entre essas ações estão os processos de recrutamento e programas, como os comitês de diversidade e inclusão, que contribuem tanto para a contratação visando à inclusão de pessoas LGBTI+, como para enriquecer a cultura empresarial.
Tudo isso é incorporado nas equipes e incentiva a adoção de boas práticas, como também a construção de relações baseadas no respeito e na valorização das diferenças.
Amor e empatia
Na TKE, o Comitê de Diversidade e Inclusão é o responsável por essa atividade e a comunidade LGBTI+ é um dos pilares prioritários para trabalhar a diversidade e a inclusão na empresa.
Em homenagem à data internacional, o comitê promoveu uma live com os colaboradores com a finalidade de ampliar o diálogo sobre a temática, a partir do depoimento de convidados.
Entre eles, Dan Rodrigues, transexual não binário Bigênero, que levou para o debate um pouco da sua história e trajetória no mercado de trabalho.
Profissionalmente bem estabelecido em uma franquia de uma rede nacional de cosméticos e sócio empreendedor da marca de roupas Pride2B, Dan mudou de gênero há apenas três anos.
Um processo que foi amadurecendo ao longo da sua vida adulta. Hoje, com 37 anos, ele conta que até os 34 viveu como uma mulher lésbica, mas se achava diferente. Buscou ajuda para entender melhor a sua sexualidade, até resolver fazer a mudança de gênero, sempre com o apoio da família e de amigos. “Passei por esse processo no momento que senti necessidade. Alguns podem dizer que demorei, mas tudo tem seu tempo. Nunca é tarde para se descobrir, realizar sonhos, ter a coragem de mudar, não importando a idade. Estou feliz com as mudanças, valeu a pena”, comenta Dan.
Para ele, as empresas têm um papel fundamental na inclusão de pessoas da comunidade LGBTI+, pois as corporações são formadas por pessoas e cabe a elas acolher os semelhantes, independente de raça, sexo ou classe social. Como exemplo, ele cita sua experiência. Para não se expor diante de suas escolhas, Dan sempre procurou trabalhar como estoquista. Até que na entrevista para a vaga na atual empresa que trabalha, decidiu contar que é transexual. Para sua surpresa, foi muito bem recebido pela dona da loja e atual gestora. Foi contratado para o setor de compras e não para o estoque, pois ela enxergou nele potencial para exercer essa função.
Diferentemente do que ocorreu com ele, Dan sabe que há muito preconceito e violência contra a comunidade LGBTI+. Hoje, ele avalia que já estamos melhor que no passado, principalmente pela conquista da liberdade de expressão, o direito de assumir suas escolhas com coragem e falar abertamente sobre sexualidade. “As mudanças serão aprimoradas quando todos entenderem que somos uma raça única de seres humanos e merecemos respeito. Estamos no caminho da inclusão, que só vai existir de fato por meio do amor e da empatia”, finaliza Dan. Dar aos colaboradores a liberdade de serem quem são, a oportunidade de se orgulharem das suas histórias e de crescerem profissionalmente em um ambiente seguro, diverso e com equidade são princípios que integram o Programa de Diversidade e Inclusão da TKE.