Quem assistiu ao filme “Estrelas Além do Tempo”, de 2016, vai lembrar das situações vividas por três mulheres negras cientistas que foram trabalhar na Nasa, na década de 1960. Baseada em fatos reais, a obra mostra os desafios enfrentados por elas e as barreiras que foram quebradas contra o preconceito racial e, claro, contra as mulheres.

Passados mais de 60 anos do período retratado no filme, é fato que o cenário mudou em virtude da valorização e do crescimento da participação feminina nos ambientes das empresas. Mas é certo também dizer que há ainda um longo caminho a percorrer.

No mês de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que foi celebrado no dia 08 de março, fica evidente que os desafios, de longa data, são ainda diários. Mas alguns alicerces têm sido fundamentais para uma mudança de chave: a união entre as mulheres e, claro, o olhar das empresas em favor de ações que promovam a igualdade no que se refere a cargos, remunerações, entre outros aspectos do dia a dia profissional.

Na caminhada para a quebra de estereótipos e o avanço da atuação profissional das mulheres, a TK Elevator, por exemplo, tem como objetivo promover ações para aumentar o número de líderes mulheres na empresa, uma realidade ainda desigual na maioria das empresas, com raras exceções.

Hoje, no Brasil, apenas 35% dos cargos de CEO são ocupados por mulheres. Entre os principais cargos de liderança, incluindo funções de diretora executiva e diretora administrativa, a proporção é de 32%. Os dados da pesquisa Women in Business, da Grant Thornton, realizada com mais de 250 empresas em 2022, mostram um crescimento importante já que tal porcentagem era de 31% em 2021.

De acordo com o estudo, a proporção de mulheres líderes cresceu 11% nos últimos 10 anos. Mas, apesar dos números positivos, as mulheres ainda são minoria em muitos campos como, por exemplo, na área de Tecnologia da Informação.

Equidade de gênero: ações em favor do acolhimento

Diante desse contexto, a TKE mergulhou fundo na questão ao realizar um trabalho junto ao pilar de Gênero do Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão. Segundo a advogada Ana Amélia de Abreu, líder desse pilar, em um primeiro momento o trabalho pode parecer simples, mas não é. “É bem mais complexo do que simplesmente atingir metas”, explica ela, que atua na área de Compliance da empresa como Regional Compliance Officer para a América Latina.

Segundo Ana Amélia, um dos principais desafios é entender as motivações das mulheres que hoje atuam em diferentes áreas da empresa (da produção até a área técnica de manutenção de elevadores) e dar visibilidade, além de acolher as questões femininas, entendendo que as pessoas são diferentes, pois têm realidades e necessidades distintas. “Para termos mais mulheres em cargos de liderança, precisamos entender as suas necessidades, o que elas precisam para crescer, pois o mundo corporativo foi desenhado por homens e para homens. Portanto, se tratarmos todos como iguais, nunca teremos diversidade e inclusão”, destaca.

Para enxergar essa realidade, a empresa está elaborando um diagnóstico de gênero com o objetivo de entender melhor as motivações das profissionais e construir um projeto duradouro.

Uma das iniciativas, por exemplo, está atrelada à gravidez e às melhores práticas para acolher a colaboradora grávida e também quando ela retorna da licença maternidade. Neste sentido, a empresa lançará em maio uma cartilha com orientações para as lideranças auxiliarem a mulher nesse período especial da vida. “Também queremos criar uma rede de networking para nós mulheres nos apoiarmos em diferentes situações e estreitar contatos”, destaca Ana Amélia, que já apoia causas ligadas às mulheres na área jurídica, por meio de mentoria, como é o caso da associação Women in Law Mentoring Brazil e do grupo Jurídico de Saias.

Uma ação recente realizada pelo Grupo de Diversidade, Equidade e Inclusão – e que obteve êxito – foi a live em celebração ao Dia Internacional da Mulher que aconteceu no dia 07 de março. A interação contou a participação de mais de 400 colaboradoras e colaboradores em torno do tema “Quebrando Estereótipos”. Para Ana Amélia, o estereótipo prejudica muito a mulher no ambiente de trabalho. “É muito comum ouvirmos as próprias mulheres reproduzindo conceitos machistas como, por exemplo, atrelar às mulheres um comportamento emotivo como se isso fosse algo depreciativo. Então, nosso trabalho também tem a proposta de desconstruir essas falas presentes na nossa rotina”, explica a advogada.

Liderança no chão de fábrica

Mas ao dar visibilidade às mulheres da TKE, a área de produção da empresa ganha destaque pela atuação de profissionais como Carmen Regiane Couto Curtinovi, que há 27 anos é líder de produção.

Quando começou na empresa, aos 26 anos, como montadora, eram poucas as mulheres no chão de fábrica, mas essa condição em nada mudou sua atuação e crescimento na TKE. “O lugar da mulher é onde ela quiser estar. Sempre haverá espaço para quem está preparada, basta lutar e nunca desistir”, avalia Carmen.

Responsável hoje pela área de montagem mecânica e coordenando uma equipe de 12 pessoas, sendo duas mulheres, para ela a maior satisfação pelo trabalho realizado é poder entrar em um elevador da marca da empresa e reconhecer que a sua dedicação está em cada equipamento que, diariamente, movimenta milhares de pessoas. “Acredito que as mulheres trazem agilidade, segurança e principalmente qualidade aos trabalhos, pois somos muito exigentes e detalhistas”, finaliza certa de que as futuras gerações têm tudo para fazerem o que querem, assim como as protagonistas de “Estrelas Além do Tempo”.

Na TKE incentivamos a diversidade, equidade e a inclusão em nossos ambientes de trabalho com o objetivo de construir uma cultura de respeito às pessoas e de valorização das diferenças.   

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