Entre as muitas questões de segurança que fazem parte do universo do elevador, uma delas é de grande importância, mesmo que em algumas situações passe despercebida pelos usuários: o limite de peso nas viagens feitas por esse meio de transporte.
Muita gente não sabe, mas o elevador é projetado para uma determinada capacidade de transporte representada pela quantidade de passageiros ou o equivalente em peso (kg). A capacidade de transporte é definida pelas características próprias da edificação, pelo tipo de aplicação (residencial ou comercial), conforme estabelecido na Norma ABNT que estabelece os requisitos para o tráfego de pessoas em edificações.
Atualmente, o dimensionamento do elevador já estabelece uma relação direta entre a área da cabina e o correspondente número de passageiros. Mas, nem sempre foi assim. Por isso, alguns elevadores antigos, mas em operação, possuem uma área de cabina maior do que a relação estabelecida atualmente – situação que evidencia ainda mais a necessidade de se manter alerta com relação ao limite de peso.
Por isso, cada elevador deve possuir uma placa com a capacidade de transporte regulamentada na cabina, que pode ser vista assim que o passageiro entra no equipamento, indicando a quantidade permitida de pessoas a serem transportadas.
A placa de capacidade é um requisito obrigatório pela Norma ABNT NBR 16858-1:2021 para todo elevador com o objetivo de alertar as pessoas não só em relação ao número de passageiros permitidos como, também, ao equivalente em peso (kg).
Pela norma atual que define os requisitos de construção e instalação de elevadores no Brasil, a ABNT NBR 16858-1:2021 e NBR 18858-2:2020, cada passageiro corresponde a 75kg, ou seja, em um elevador com capacidade para transportar oito passageiros, por exemplo, o limite de carga máxima é de 600kg.
Elevador e usuário: parceria e cumplicidade
Respeitar o limite de peso nos elevadores é uma questão essencial e não à toa ganha repercussão nas mídias os incidentes ocorridos, uma vez que têm impacto direto na segurança das pessoas.
Porém, apesar da relevância, a gente sabe que é uma regra muitas vezes negligenciada pelos usuários em virtude da pressa ou mesmo por distração. Mas, é fato: ao descumprir a orientação apresentada nas placas de capacidade máxima de transporte, podem ocasionar um mau funcionamento do elevador e em casos extremos, um acidente. Além disso, o excesso de carga pode provocar prejuízos para o desempenho do equipamento, gerando custos adicionais com manutenção, troca de peças, entre outras intervenções.
Aliás, hoje em dia os equipamentos estão cada vez mais preparados, ou cada vez mais “inteligentes”, com a proposta de uma operação mais confortável, confiável e segura, entre outros benefícios. Mas é inegável a contribuição que deve partir de quem viaja dentro deles.
Sim, apesar de o ato de entrar e sair de um elevador seja corriqueiro e automático, certas condutas não podem ficar para trás nas viagens. Ter atenção quanto à capacidade máxima de transporte do equipamento é uma delas, mesmo quando certos recursos tecnológicos entram em ação, como explicam os especialistas da TK Elevator.
Para além da informação quanto à capacidade de transporte de cada equipamento, os elevadores mais modernos contam com um sistema de balança, o “pesador de carga”, que monitora, permanentemente, o peso total transportado. Isso significa que há um dispositivo que impede o funcionamento do elevador quando há excesso de carga.
Essa tecnologia já é realidade no Brasil e já pode ser encontrada nos novos equipamentos fabricados pela TK Elevator. Nos elevadores já existentes, essa tecnologia pode ser incorporada com a mesma funcionalidade de informar os usuários em caso de excesso de peso.
À parte a tecnologia que trabalha em favor dos usuários, é imprescindível mesmo uma conduta correta por parte das milhares de pessoas que utilizam os elevadores diariamente. Não vale aqui fazer referência ao ditado que diz que no coração de uma mãe sempre cabe mais um. No elevador pode não caber, tá? Mas o que importa é sempre seguir viagem com total segurança, respeitando as regras estabelecidas, o que certamente aquecerá o coração não só de quem é mãe, mas de toda a família.