Na rotina de um condomínio várias tarefas estão relacionadas à prestação de serviços de empresas terceirizadas. São fornecedores de limpeza, de manutenção de elevadores, de ar-condicionado, de jardinagem e de segurança, entre outros.
Na hora de contratar esses serviços, o síndico ou o responsável, podem ter dúvidas sobre o que é certo ou errado. E, principalmente, quais os problemas que o condomínio pode enfrentar se a escolha não for assertiva.
Já tratamos aqui no blog sobre as responsabilidades do síndico.
Mas, para uma avaliação dentro do que é correto e legal, listamos cinco dicas que podem ser úteis para aqueles que têm o poder de decisão nas mãos.
Eu não sou todo mundo
1 – Busque referências no mercado
Na hora de escolher uma empresa que vai cuidar do seu condomínio, uma boa estratégia é buscar referências sobre sua atuação no mercado. Converse com profissionais da área, pesquise na internet se a empresa tem um bom desempenho e, se possível, faça uma visita para conhecer a estrutura física da empresa. Evite indicações de pessoas próximas, como parentes ou amigos, pois o envolvimento pessoal pode atrapalhar a negociação e a avaliação final na hora de tomar uma decisão.
2 – Condições legais
Por menor que seja, uma empresa precisa atender os requisitos da legislação para atuar como prestadora de serviço. Ter CNPJ, endereço comercial, profissionais qualificados, entre outras exigências. Na área de manutenção de elevadores, por exemplo, existem vários requisitos que uma empresa precisa atender para atuar na área, que precisam ser contempladas. Por isso, preste muita atenção e não caia na armadilha do endereço de fachada, da propaganda enganosa, para não levar gato por lebre.
3 – Exija Nota Fiscal
Pedir a Nota Fiscal (NF) já faz parte do dia a dia de muitas pessoas. Um direito que se popularizou com os sorteios de prêmios ou o reembolso de parte do valor pago. Mas, mesmo assim, o importante é que hoje valorizamos mais a NF e as garantias que ela nos dá, mediante qualquer problema com o fornecedor do serviço ou de um bem que compramos. Além da responsabilidade legal, quem contrata um serviço sem NF está colocando a segurança dos moradores do condomínio, que deve ser a preocupação mais importante, em risco.
4 – Preço x troca
Faz parte de um processo de negociação barganhar no valor, pechinchar como popularmente falamos. Existe uma margem de negociação aceitável para se chegar ao melhor preço para ambas as partes. O que não é correto e nem aceitável é levar vantagem e transformar a contratação de um serviço, que vai beneficiar todos os moradores, em moeda de troca em benefício próprio. Além desse aspecto, como diz o ditado: o barato sai caro. O preço médio praticado pelo mercado é a melhor referência na hora de bater o martelo sem se arrepender depois. O uso de peças de reposição do elevador não originais é um exemplo. Um assunto muito sério, pois peças de origem duvidosa, ou seja, sem identificação de quem fabricou, podem ter sido adulteradas. Existem meios de saber a origem da peça de reposição e até comprar direto do fabricante, como acontece com a peça do carro. O que não pode é colocar em risco a vida dos moradores.
5 – Segurança em primeiro lugar sempre
Apesar de ser a última dica é a mais importante. Todo e qualquer serviço realizado em um condomínio implica na segurança dos moradores e de suas famílias. São várias as situações de risco que podem acontecer quando todas as dicas que elencamos não são seguidas na hora de contratar um prestador de serviço para o condomínio. Por exemplo, um brinquedo do playground mal instalado pode machucar uma criança; o extintor não funciona quando é necessário; o fogão do salão de festas estoura durante uma confraternização, o elevador não funciona corretamente, e por aí vai. Legalmente, o síndico ou o responsável vão responder por qualquer dano causado aos moradores ou ao condomínio. Mas vale a pena? Uma decisão ponderada, pensando no bem comum é sempre a melhor saída. Não se deixe levar pelos outros. Mesmo porque, você não é todo mundo!