De seu escritório na Avenida Brigadeiro Faria Lima – via de quase cinco quilômetros que conecta as zonas oeste e sul da capital paulista -, o empresário Rafael Birmann desfruta de uma visão privilegiada não apenas o movimento da rua, mas de dois projetos que, embora faça pouco tempo que tenham sido inaugurados, já se tornaram emblemáticos de São Paulo. Posicionados à sua direita, estão o edifício do teatro B32 e a imensa escultura de uma baleia que, somados à torre corporativa onde o empresário trabalha, e interligados por uma praça pública trouxeram uma nova dinâmica àquela região paulistana.
Para a alegria do empresário, que é o principal responsável pelo complexo, os taxistas paulistanos já se habituaram a identificar o endereço como sendo o prédio da baleia. É nessas ocasiões que o empresário mostra-se disfarçadamente orgulhoso com o reconhecimento – ainda que indireto – de que sua intuição não estava errada ao decidir – e obstinadamente bancar diante de sócios reticentes – que a grande escultura marcaria o acesso ao complexo e se tornaria um símbolo do empreendimento. A escultura de vinte metros de comprimento por seis de largura é o arremate da intenção do empresário de implantar no valorizado terreno um complexo que se tornasse referência não apenas quanto à arquitetura, modernidade e apuro técnico dos sistemas e equipamentos prediais, dos quais as edificações são dotadas, mas, sobretudo, sinalizasse que, naquela região de São Paulo é possível (e recomendável) tratar os edifícios de uma forma que eles interajam melhor com a cidade.
Referência na Faria Lima
Rafael Birmann é um importante personagem do segmento imobiliário do país. Atuando há mais de 40 anos no setor, ele é o artífice da conversão de uma parte da Chácara Santo Antônio, bairro da zona sul da capital paulista, em sede da administração de diversas empresas – sobretudo multinacionais – com a pioneira implantação dos chamados office-park na cidade. Desde a década de 1980, os edifícios idealizados pelo empresário naquela região ganharam destaque em razão tanto de sua arquitetura como por serem dotados das mais modernas tecnologias prediais existentes.
Outra característica dos empreendimentos dos quais o empresário esteve à frente é ter o nome Birmann e um número que corresponde à cronologia da compra dos terrenos para as futuras construções.
No caso do B32, a aquisição do primeiro lote para o conjunto se deu em 1998, mas sua implantação foi adiada e retomada quase uma década depois, quando o empresário conseguiu reiniciar o projeto com novos sócios/investidores para enfim concluir a obra que ele considera a sua principal contribuição urbanística à cidade.
Para projetar a torre, o empresário contratou o escritório Pei Partnership Architects, dos Estados Unidos, que é liderado pelo arquiteto Chien Chung “Didi” Pei. Quando veio a São Paulo para conhecer o terreno, o arquiteto notou que as construções da Faria Lima tinham quase que na totalidade desenhos retangulares e uniformes nas faces voltadas para a avenida. Decidiu, então, que o B32 não poderia repetir a solução – o desenho da fachada recortada e modular decorre dessa análise.
A praça leva a assinatura do arquiteto paisagista Thomas Balsey, sócio do SWA/Balsey, também dos Estados Unidos, que trouxe ao projeto a experiência acumulada no desenho de equipamentos públicos em cidades de vários países da Europa. Para projetar o teatro foi contratado o arquiteto brasileiro Eiji Hayakawa. O elemento mais inusitado da edificação é a face principal envidraçada – posicionada atrás do palco, ela proporciona vistas para a praça e a cidade.
Elevadores personalizados
O complexo do B32 incluindo a torre corporativa e o teatro integra o portfólio da TKE com 27 elevadores da marca, sendo 23 para o edifício, incluindo os mais rápidos do Brasil com velocidade de 7 metros por segundo.
O idealizador do conjunto recorda que, quando chamou os fabricantes de elevadores para apresentarem propostas, a única que “comprou” o desafio foi a TKE. “Como tudo nesse projeto, a contratação se deu depois de muita interatividade. Discutimos os ajustes do projeto e fomos várias vezes à fábrica, acompanhar o processo”, recorda Birmann.
A personalização dos projetos é uma marca registrada do construtor e que ele imprime também na escolha dos parceiros/fornecedores. “Não compramos prato feito. Queremos entrar na cozinha e cozinhar juntos”, compara. Para o empreendedor, o conjunto de elevadores é fundamental numa edificação porque é parte da experiência de chegada e saída de do empreendimento. “Se não estiverem funcionando, atrasarem ou ocorrer formação de filas, o visitante se sente desconfortável e começa a falar mal do prédio”, explica.
Mesmo que sejam áreas da edificação onde, na maior parte das vezes as pessoas fiquem por um curto espaço de tempo, o espaço por onde se dá a chegada e saída é crucial para o sucesso de uma edificação, considera Birmann. “No B32 ficamos muito satisfeitos porque temos duas zonas de elevadores. Quando você entra, existe uma visão muito clara desses equipamentos”, diz. “Há edifícios em que a arquitetura não conversa com o elevador e com o lobby, gerando desconforto. São pequenos resultados que, ao longo do tempo, se tornam gigantes”, avalia.
Com a experiência de quem atua há mais de quatro décadas no segmento imobiliário, Birmann acredita que o futuro do elevador será o de operar simultaneamente em um único poço, além de ter a capacidade de se deslocar também no sentido horizontal. São soluções que a TKE já desenvolveu, como o MULTI, elevador sem cabos, e o sistema TWIN que, inclusive, já está em operação em outros países. A integração dos projetos e a personalização dos nossos elevadores para o B32 é um case de sucesso que reforça estarmos no caminho certo sermos a marca de serviços centrados nas pessoas, líder da indústria de elevadores.
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