Para além da contratação de pessoas com deficiência (PcD), um programa de capacitação que nasceu com a proposta de preparar esse público para o ambiente corporativo a partir de conhecimentos comportamentais, técnicos específicos e parte prática.
É este o caminho que a TK Elevator decidiu percorrer para incluir as pessoas com deficiência, criando meios diferenciados para que essa aproximação seja ainda mais efetiva e facilitada por ser baseada em necessidades reais do público PcD e, claro, da própria empresa.
Em meio a esse contexto, e como parte do Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão, a TKE criou o Programa Desenvolver para Incluir. Segundo Renan Anger, Supervisor de Atração, Seleção e Diversidade da empresa, o programa de capacitação surgiu como mais uma importante iniciativa para a inclusão social de PcD no ambiente da empresa. “Com esta ação demos mais um consistente passo para a construção de uma cultura mais inclusiva”, explica.
Prioridade na interseccionalidade
Em busca do desenvolvimento profissional esperado para esse público, o Programa Desenvolver para Incluir, com duração de seis meses, totalizando 544 horas, qualificou 15 pessoas com deficiência a partir de aulas teóricas e práticas no formato on-line.
O projeto é baseado em três eixos principais – administrativo, comercial e industrial – desenvolvidos pela consultoria Desenvolver Inclusão & Diversidade, que há 17 anos trabalha com a inclusão de pessoas com deficiência.
Segundo Márcia Cristina Figueiras Gonçalves, empreendedora social da consultoria, a TKE já chegou se destacando visto a ideia de colocar em prática uma iniciativa para reconhecer talentos e desenvolver habilidades a partir do olhar diferenciado para a história de vida de cada um.
Assim, o trabalho do programa na TKE é incluir a pessoa com deficiência, educando-a para o ambiente corporativo tendo como base o desenvolvimento de suas capacidades, de forma individualizada, independentemente do seu perfil.
Aliás, para ela, esse traço impresso pela empresa de olhar para pessoas com deficiência de diversos perfis, inclusive dando prioridade na interseccionalidade das pessoas selecionadas, é dos mais importantes diferenciais do trabalho que vem sendo realizado. “A empresa buscou um perfil que não é comum no mercado, abrindo espaço para pessoas com condições de deficiências complexas, além da física, como transtorno espectro autista com interseccionalidade com o recorte de gênero e etarismo, por exemplo”, explica ela sobre o grupo construído e que é formado na maioria por mulheres com mais de 40 anos e alguma deficiência.
PcD e o mercado de trabalho
Tratar de inclusão social de PcD é assunto urgente diante dos dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): até 2022, sete em cada dez pessoas com deficiência no Brasil estavam fora do mercado de trabalho. Uma realidade com impacto direto na vida de 45 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população que declararam ter algum grau de deficiência, ou seja, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.
Para mudar esse quadro, várias empresas têm buscado alternativas, além do cumprimento social da Lei de Cotas, visando à construção de um ambiente corporativo mais inclusivo e diverso.
A TKE segue atenta na missão de colaborar para minimizar a discriminação, mostrando a real importância da inclusão e consequente garantia do pleno exercício da cidadania.
Por isso, investir no Programa Desenvolver para Incluir é parte de algo maior, que chegou para alimentar um ambiente corporativo em que todos se sintam parte da empresa. “Isso é uma prioridade para nós”, conclui Renan Anger, ciente de que a jornada é longa e permeada por muito aprendizado.