Em diferentes áreas de conhecimento e setores da indústria, a engenharia é essencial para o desenvolvimento de novos produtos e soluções que são aplicados no dia a dia das pessoas.
Inovações que foram pensadas anos atrás, hoje já são realidade, devido às mentes pensantes de engenheiros e seus cálculos matemáticos precisos. O carro elétrico é um bom exemplo, entre tantos outros, de como a engenharia evoluiu para construir uma sociedade melhor, como diminuir os índices de poluição do planeta.
Nas cidades, onde a maioria da população mora, estamos cercados por construções e projetos que ganharam forma e vida, a partir de uma equação matemática. Para os leigos são apenas números e formulas, mas quando se transformam em construções, edifícios, obras de infraestrutura urbana, como pontes e viadutos, e de mobilidade é fácil enxergar como são fundamentais para as nossas vidas.
Do relé ao digital
Há mais de 30 anos atuando no segmento de engenharia de software aplicada à indústria de elevadores, o engenheiro Fabio Kipper é um apaixonado pelo que faz. Para ele, a engenharia é o caminho para construir um mundo melhor, a partir da inovação.
Foi com esse espírito que ele acompanhou a evolução do elevador, meio de transporte mais utilizado no mundo e uma das invenções mais importantes para a transformação das cidades. “Saímos do conceito à relé para o primeiro elevador digital em 1986. De lá pra cá, a evolução tem sido constante e é muito gratificante ver como avançamos em etapas, mas dando passos cada vez mais rápidos”, destaca ele, ao revisitar as fases desse processo.
O comando do elevador, similar a um computador, ganhou recursos para programar o equipamento, com melhor desempenho, conforto e segurança. Além disso, agregou uma série de soluções que até hoje são aplicadas, como o comando em grupo e o gerenciamento de tráfego, tudo programado para uma gestão eficiente do elevador. “Uma transformação orquestrada pelas engenharias mecânica, elétrica e de software que culminou com o MAX e seus inúmeros recursos aplicados à digitalização dos processos e que envolvem os conhecimentos de IoT e Data Science”, avalia Kipper.
A materialização de todo o trabalho empregado, após envolver várias pessoas, muitos cálculos, erros e acertos, é sempre muito gratificante, segundo o engenheiro.
Neste sentido, para ele, o Birmann 32, edifício corporativo, erguido na capital paulista, é hoje a referência em engenharia na construção civil, por todas as soluções inovadoras que agrega, incluindo os elevadores mais velozes do Brasil.
“É a hora que você olha para trás e vê o quanto valeu a pena cada minuto dedicado àquele projeto. Por isso, precisamos valorizar mais nossos professores e cientistas que se dedicam a ensinar e a pesquisar, pois nosso futuro depende deles”.
Conectando pessoas
A evolução do elevador já chegou onde parecia coisa de ficção, ou seja, se deslocar sem cabos e ganhar novas possibilidades. Com o MULTI, primeiro elevador sem cabos, já é possível operar o equipamento usando os princípios dos motores lineares e, desta forma, se deslocar tanto na vertical como na horizontal e quebrando paradigmas ao viabilizar projetos de mobilidade ilimitados.
Mas, pensando no futuro, o que podemos esperar em termos de inovação aplicada à mobilidade das pessoas? Segundo Kipper, a evolução passa pela interação entre o usuário e o elevador, algo que já acontece, mas que vai ganhar mais recursos para que a viagem de elevador seja uma experiência inovadora, mas que atenda às necessidades de quem usa o equipamento. “Em breve, o elevador vai poder reconhecer o passageiro pela voz e tocar nos botões não será mais necessário para chamar o elevador e digitar o andar de destino. Uma facilidade para quem está com as mãos ocupadas ou não pode tocar nos botões”, explica o engenheiro.
Mas, as possibilidades vão muito além e a proposta é conectar as pessoas de dentro do elevador com o mundo externo por meio de recursos que já existem, mas que precisam estar interligados. “Conhecendo o usuário podemos customizar a viagem para as condições que ele deseja. Ou seja, estabelecer conexões para que cada um de nós possa “conversar” com o elevador. E nosso papel como engenheiros é viabilizar essa transformação”, reforça Kipper. Um sonho de criança que ele carrega até hoje não só no campo profissional, como também na sua vida. “Já estou planejando automatizar a horta lá de casa, com a ajuda de uma assistente virtual e uma estação meteorológica, para regar a plantação de acordo com a previsão do tempo”, conta entusiasmado.
Hoje, Dia do Engenheiro, queremos homenagear os profissionais dessa área que se dedicam a construir um mundo melhor e nos inspiram a sonhar alto e ir até onde nossa imaginação puder alcançar.